Sociedade Beneficente Nossa Senhora da Divina Providencia

A face oculta da Revolução Francesa

A Revolução Francesa marcou o fim do Antigo Regime na França e o início do iluminismo e do liberalismo. Mas por trás da fachada de “liberdade, igualdade e fraternidade” escondeu-se uma intensa perseguição à Igreja Católica.

O levante revolucionário

A Revolução Francesa eclodiu em 1789 com promessas de mudanças e mais direitos ao povo francês. A burguesia exigia maior participação política, enquanto o povo sofria com problemas econômicos e sociais. Inspirada pelos ideais iluministas, a Revolução defendia princípios como liberdade, igualdade e fraternidade.

No entanto, na prática, tais ideais revelaram-se uma grande mentira. A Revolução foi na verdade um movimento para minar a influência da Igreja e do cristianismo na sociedade francesa. Os revolucionários pregavam liberdade, mas perseguiram violentamente os católicos que permaneceram fiéis à sua fé.

A descristianização da França

Com o lema “liberdade de culto”, os revolucionários na verdade buscavam eliminar a influência da Igreja. Os revolucionários fecharam igrejas, proibiram procissões religiosas. Os bens das ordens religiosas foram confiscados. O clero foi obrigado a prestar juramento à nova Constituição, contrariando a autoridade papal. Centenas de sacerdotes foram mortos por se recusarem.

A destruição dos valores cristãos

Além da perseguição explícita à Igreja, a Revolução Francesa trouxe uma mentalidade anticristã que buscava destruir os valores cristãos na sociedade francesa.

Por conseguinte, um dos principais ataques foi à própria noção de fé e tradição. Os filósofos iluministas exaltavam a razão humana e o pensamento racional, colocando-os acima da fé em Deus e na autoridade da Igreja. Figuras como Voltaire e Rousseau propagavam ideias deístas, reduzindo a religião a um papel secundário.

Não obstante, valores fundamentais do cristianismo foram completamente subvertidos. A vida humana, considerada sagrada pela doutrina católica, passou a ser relativizada. Práticas como o aborto e a eutanásia, antes inconcebíveis, tornaram-se plausíveis sob uma ética utilitarista e niilista.

O matrimônio indissolúvel deu lugar ao divórcio e à dissolução familiar. A ideia do casamento como sacramento foi substituída por uma visão contratual e temporal das relações. A moral sexual tornou-se libertina, ignorando a condenação do adultério e da luxúria.

O individualismo foi exaltado no lugar da caridade cristã e da visão orgânica da sociedade. Cada indivíduo passou a buscar seu próprio bem-estar acima do bem comum. A noção de pecado foi minimizada em nome de uma autonomia irrestrita da consciência individual.

As consequências nefastas

As ideias iluministas abriram as portas para os horrores do Terror, a ditadura de Napoleão e as posteriores revoluções socialistas. A rejeição à autoridade divina resultou no culto ao homem e ao Estado todo-poderoso. As sementes do secularismo, do racionalismo e do socialismo encontram suas raízes nesse trágico episódio histórico.

Ao rejeitar seu passado cristão, a França iniciou um processo de decadência moral e espiritual, do qual até hoje não se recuperou totalmente. Que seu exemplo sirva de alerta aos cristãos de hoje sobre os perigos de se afastar da moral cristã e abraçar ideologias secularistas.


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